O alienista

Código: 18404

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Autor Principal: ASSIS, Machado de

Editora: Ática,  Edição: 35.,  Local de Publicação: São Paulo,  Ano de Publicação: 2011

Ano do Material: 2011, Tipo de Material: Livros

Paginação: 88 p.

Idioma: PORTUGUÊS

Assuntos:

Contos Brasileiros

Resumo: Quem é louco? Esta é a grande questão proposta neste livro. Conto extenso, quase uma novela, O alienista é uma obra-prima da nossa literatura. Nessa narrativa, publicada pela primeira vez em 1882, ASSIS, MACHADO DE (1839-1908), o autor de Dom Casmurro, Quincas Borba e Memórias póstumas de Brás Cubas, entre outros, conta a história do eminente doutor Simão Bacamarte.Dedicado estudioso da mente humana, o médico decide construir a 'Casa verde' um hospício para tratar os doentes mentais na pequena cidade de Itaguaí. Com um estilo realista e fantástico a um só tempo, Machado conduz uma história surpreendente e mostra ao leitor que tudo é relativo e que a normalidade nem sempre é aquilo que a ciência e os fatos atestam de forma absoluta.Em O alienista, está presente todo o gênio, toda a ironia e o magistral estilo do maior nome da prosa brasileira. SOBRE O AUTOR===> JOAQUIM MARIA MACHADO DE ASSIS nasceu no Rio de Janeiro, em 1839 (21 de junho), filho de Francisco José de Assis, um pintor de paredes e dourador, mulato (filho, por sua vez, de escravos alforriados), e de uma portuguesa açoriana, imigrada menina para o Brasil, Maria Leopoldina Machado de Assis, que fazia serviços domésticos. Os dois sabiam ler e escrever, coisa bastante rara para sua condição social; casaram-se relativamente tarde: ela com 26 anos, ele com 32. Ficou órfão de mãe ainda menino, antes dos 10 anos; o pai voltará a casar em 1854, quando Joaquim Maria andava pelos 15 anos. Seus avós e seus pais eram todos pessoas livres, isto é, não-escravos, mas todos dependeram de algum tipo de proteção de gente de cima, pelo menos em alguma época de suas vidas. Em termos atuais, pertenceriam a um estrato inferior da classe média (supondo abaixo deles os escravos), ou a um estrato superior da classe baixa. Coloquemos na conta as datas de referência: em 1850 (Machado com 11 anos), é editada uma lei que proíbe o tráfico de escravos, o que ao mesmo tempo fecha a fonte costumeira de mão-de-obra e complica a vida dos escravos aqui existentes e os que nasciam de ventre escravo, que agora tinham mais valor de mercado e por isso mesmo eram mais vigiados; em 1871 (Machado adulto, já com 32 anos, já funcionário público) sai a lei do Ventre Livre, que demorou para ser aplicada mas que representou outra novidade importante, porque colocava um horizonte de tempo para a vigência da escravidão; e só em 1888 (Machado maduro, com quase 50 anos) viria a lei Áurea, que acabou com a escravidão legal no Brasil. Em traços largos, pode-se dizer que Machado principia sua carreira como jornalista, poeta e dramaturgo, atividades que se desenvolvem ao longo dos anos 1860, época em que também faz algumas traduções do francês. Nos anos 1870, continua praticando poesia, mas vai deixando o drama e o jornalismo para concentrar suas atenções na crítica, nesses anos escreve um conjunto apreciável de ensaios ainda hoje interessantes, e na prosa narrativa. Depois de 1880, vai praticamente abandonar poesia e crítica para dedicar mais atenção à narrativa, em romances e contos, e à crônica, gênero que ele elevou a patamares inéditos. Quanto à visão de mundo, pode-se dizer que nosso autor passa de um liberalismo acentuado na juventude para uma posição cada vez mais desiludida e cética, motivo de fundo de sua ironia constante, aguda e sutil. Dá a impressão de que foi afinando seus instrumentos de análise da sociedade brasileira, o que lhe permite partir de uma visão relativamente ingênua e atingir essa condição superiormente irônica, ao mesmo tempo crítica, cética e radicalmente humana. Joaquim Maria Machado de Assis, muitas vezes referido com o apelido "Bruxo do Cosme Velho" "bruxo" pela inventividade, por aquela espécie de feitiço que se encontra na obra dos grandes artistas, "Cosme Velho" por ser este o bairro do Rio de Janeiro em que ele viveu os últimos anos de sua vida, não teve filhos, como aliás boa parte de seus maiores personagens: Brás Cubas, Quincas Borba, Bento Santiago, os gêmeos Pedro e Paulo, o conselheiro Aires. Debilitado, mas reconhecido no mundo intelectual, morreu no dia 29 de setembro de 1908. Por determinação expressa deixada antes da morte, foi enterrado no mesmo jazigo em que estava, fazia quatro anos, sua amada Carolina.

Referência Bibliográfica: ASSIS, Machado de. O alienista. 35. São Paulo: Ática, 2011, 88 . p.

ISBN: 978-85-08-14569-0

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