Senhora

Código: 18400

CDU: _Revisar

Cutter: 82(81)/A368

Autor Principal: ALENCAR, José de

Editora: Martin Claret Editores,  Edição: 5.,  Local de Publicação: São Paulo,  Ano de Publicação: 2012

Ano do Material: 2012, Tipo de Material: Livros

Idioma: PORTUGUÊS

Assuntos:

Romance Brasileiro

Resumo: Uma moça de origem humilde, órfã de pai e posteriormente de mãe, torna-se uma das mulheres mais desejadas e admiradas do Rio de Janeiro após receber uma herança inesperada. Bela, altiva, fria e decidida, Aurélia Camargo tem agora toda a autonomia de que precisa e resolve usar o seu poder para comprar um... marido! Para algumas mulheres, Aurélia é certamente uma feminista; entre o público masculino, fria, calculista e sem coração; para os valores sociais da época, de um comportamento absolutamente escandaloso! Espelho da decadência de valores da sociedade brasileira durante o Segundo Império, Senhora representa o auge do romance urbano de José de Alencar. Como uma metáfora da alta apreciação de valores fúteis, como o luxo, a ascensão social, o desejo, o orgulho e a ambição, o romance de Alencar transcende-os com a inspiração do amor romântico. Poderá o amor vencer a mágoa e o orgulho para que possa ser pleno na vida dessa personagem? SOBRE O AUTOR => JOSÉ MARTINIANO DE ALENCAR nasce no Ceará, em 1829, no final do Primeiro Reinado, de lá saindo para a Corte aos dez anos. No Rio de Janeiro, conclui seus estudos secundários, transferindo-se para São Paulo, onde cursa a Faculdade de Direito. De volta ao Rio, entra em contato com a intelectualidade literária, nomes como Machado Manuel Antônio de Almeida, e estréia como escritor no Correio Mercantil aos 25 anos. Imaginoso, empenhado na construção de uma literatura brasileira diferente da européia, provoca a famosa polêmica sobre a Confederação dos Tamoios, poema épico escrito por Gonçalves de Magalhães. Discordando do poeta, quando este afirma ser o poema a grande epopéia brasileira, Alencar, em 1857, publica, em resposta, O Guarani, verdadeira narrativa épica do Segundo Império. Famoso devido ao sucesso desse romance, passa a dedicar-se mais intensamente ao gênero literário, bem como à política. Elege-se, seguidamente, deputado pelo Ceará, chegando a Ministro da Justiça. Homem de idéias conservadoras, sobretudo face ao problema escravista, termina por afastar-se da vida pública ao ser preterido por D. Pedro II na indicação para o Senado. José de Alencar é considerado o consolidador da prosa nacional, sendo o nosso primeiro grande romancista. Sua obra, composta de vinte e um romances, é o retrato de sua postura ideológica: grande proprietário rural, conservador, monarquista e escravocrata, revela suas posições políticas por meio de um exagerado nacionalismo. No prefácio a Sonhos d'Ouro, afirma sua pretensão de fazer um grande painel literário do Brasil, exibindo-o por inteiro, de Norte a Sul, do sertão ao litoral, do passado ao presente, do urbano ao rural. Teoriza, inclusive, sobre a tentativa do estabelecimento de uma língua brasileira em seus escritos. Quando, em 1856, Alencar publica seu primeiro romance, Cinco Minutos, já havia um público leitor brasileiro ávido por ficção. No entanto, tais obras eram, basicamente, traduzidas do francês, não constituindo, pois, um retrato de nosso povo. O escritor percebe, portanto, que poderia fazer um grande serviço à então incipiente cultura nacional ao publicar histórias que refletissem a psicologia e a sociedade pátrias, que captassem a nossa sensibilidade artística, que moldassem a nossa percepção do real por meio de informações sobre a natureza, a história, a sociedade, a cultura e os mitos do Brasil. Por conseguinte, o enredo das obras alencarianas é muito eficiente nesse sentido. Quase didáticas, também buscam o entretenimento do leitor. E aí reside o valor de sua ficção: nela há tudo, desde o exercício etnográfico até a análise social e psicológica, entremea­dos de peripécias, heróis, heroínas e vilões. Sem perder a visão de conjunto de sua narrativa, José de Alencar afirma a supremacia da ficção sobre a chatice de detalhes históricos e geográficos. Ao apresentar personagens e situações quase inverossímeis, permite ao leitor um momento de puro lazer, para devolvê-lo pacificado a um final em que tudo se explica convenientemente por meio da imaginação. A carreira literária pontuada de polêmicas não impede uma produção fértil. Nela, destacam-se Cinco Minutos, O Guarani, Lucíola, As Minas de Prata, Diva, Iracema, O Gaúcho, A Pata da Gazela, O Tronco do Ipê, Sonhos d'Ouro, A Guerra dos Mascates, Ubirajara, Senhora, O Sertanejo, Encarnação seu último romance, visto que a tuberculose o vitima aos 48 anos. Em suas obras classificadas como indianistas , O Guarani, Iracema e Ubirajara , o escritor cearense recria o mito do bom selvagem de Rousseau em nosso indígena. Defensor da associação entre o nativo e o europeu colonizador, observa, nesse casamento, inúmeras vantagens para ambos os povos: enquanto aquele oferece a natureza virgem, este lhe dá, em troca a cultura. O produto dessa amálgama seria o Brasil independente.

Referência Bibliográfica: ALENCAR, José de. Senhora. 5. São Paulo: Martin Claret Editores, 2012,

ISBN: 978-85-7232-482-3

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Nr. Situação Edição Volume Coleção Campus
20287 Disponível Livro ESIC